quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Em todo canto tem violência

"Num país justo, a miséria é uma vergonha. Num país injusto, a riqueza é uma vergonha." Foi assim, através de uma citação de Confúcio, que José Padilha, diretor do polêmico filme Tropa de Elite, se pronunciou num evento promovido por um grande jornal. As palavras do cineasta, de 40 anos, que também é conhecido por dirigir o famoso documentário “Ônibus 174”, têm provocado o surgimento de opiniões divergentes a respeito da violência e segurança no Brasil.

Não é preciso ser diretor, nem cineasta para colocar em pauta assuntos tão polêmicos. Qualquer um está sujeito a sofrer algum tipo de violência. Segundo a estudante, Luciana Santos, o que gera a violência, que é a pobreza, está em todo lugar. “Não é pelo fato de morar Brasília, no plano piloto, que a cidade escapa das desigualdades”.

A estudante, que almeja passar no curso de psicologia da Universidade de Brasília, conta que se sente bastante apreensiva com a situação da segurança. Mesmo estando dedicada a seus estudos, ela se considera uma cidadã bastante antenada “Até mesmo porque o vestibular exige, não é?”, conta. Luciana é bastante comunicativa, fala muito e entre uma palavra e outra deixou escapar sua indignação com a questão da segurança pública e privada. Ela diz já ter sido assaltada junto a família dentro da própria casa. “Para ser mais exata, o assalto ocorreu em 2003, eu estava em casa com meus pais, minha irmã, meu primo e uma tia, num almoço comemorativo. Estávamos na sala quando dois homens chamaram por alguém no portão. Meu pai saiu para ver quem era e então eles o abordaram com uma arma. Os assaltantes foram logo entrando e nos trancaram dentro do banheiro. Ligaram o som da sala muito alto, para que não nos déssemos conta do que se passava. Eles fizeram a limpa dentro da casa, levaram tudo: jóias, videogame, dvd, celular, som”, contou quase sem fôlego. Luciana ainda complementou dizendo que só saíram de lá quando uma vizinha resolveu procurá-los.

Mesmo sendo um tanto quanto jovem, Luciana, conta que cresceu ouvindo aquela frase clichê “As crianças de hoje são o futuro de amanhã”, por isso julga importante essa questão da segurança. “Mesmo chamando a polícia e fazendo um boletim de ocorrência, como sempre, nada foi resolvido”.

O governo é o grande responsável por tudo? Também não é assim. Não se pode sair por aí falando que a culpa de tudo de ruim que acontece é do governo, dos representantes do povo. Fácil é criticar, mas ter atitudes que promovam mudanças não é tão simples assim. Para começar, é o povo quem elege seus políticos.

É realmente inevitável não reclamar. “Pagamos nossas contas, cumprimos com os deveres de cidadãos e ainda temos que bancar uma segurança privada que teoricamente seria dever do Estado”. Luciana diz que se sente muito susceptível depois do ocorrido. Não chegou a desenvolver uma síndrome do pânico, comum em muitas pessoas que passam por esse tipo de situação, mas diz que se sente vulnerável a sociedade.

Questionada sobre a raiz do problema, ela diz que sem sombra de dúvidas é a educação. “Na minha opinião, segurança pública tem a ver com educação. Tudo parte desta questão, se uma pessoa passa roubar ou cometer crimes, é porque ela com certeza não teve oportunidades na vida. Não digo que isso justifica as suas atitudes, pelo contrário, mas educação é essencial dentro de uma sociedade, tudo parte dela”.

Se o problema está na educação, mas reflete em toda a sociedade, ele é ainda maior. Se o descaso faz com que muitos façam vista grossa para isso, aonde vamos chegar? Se não são tomadas providências para que o problema seja resolvido, como queremos uma sociedade melhor? Se não começarmos a pensar nisso desde já, quando o fizermos, poderá ser tarde.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O mundo moderno – uma pitada de conselho

O mundo atual muitas vezes nos impõe determinadas ações, acompanhadas de decisões. Porém não se pode assumir aquilo que é considerado novidade, sem antes conhecer e compreender o antigo.

O novo é tão difícil de ser aceito, pois como o próprio nome diz refere-se a algo inovador. Talvez seja por abalar estruturas que nem se quer foram consolidadas. Um exemplo interessante é o surgimento do metrossexual, ou seja, aquele homem moderno que não deixa de se cuidar e assumir sua vaidade. Para alguns não passa de uma atitude fútil, enquanto outros levam a sério. Uma coisa é certa, a humanidade, as tecnologias, os meios de transportes, as mulheres evoluíram e por que não os homens? Tudo passa por um processo de mudança, que por sua vez tende a acompanhar o cotidiano. Antigamente não havia o hábito do homem se cuidar e procurar tratamentos estéticos. Seja pelo aspecto físico ou até mesmo pelo bem estar, com o tempo esse comportamento vem ganhando espaço entre alguns.

Nenhum homem pode tomar para si uma atitude proposta pelo mundo contemporâneo, se esse não tem consciência de suas origens. É natural que antes de tomar qualquer decisão tenha-se como objetivo saber, além das futuras conseqüências, o que precede tal atitude, bem como compreendê-la e entendê-la. Somente assim é possível ter consciência do que e porque se decidiu desse ou daquele jeito.

Contudo, são poucos os que conseguem visualizar essa questão como um todo, procurando extrair o melhor e aprender com possíveis falhas. Além de aceitar as diferenças e opções de cada um.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Arte de congelar as imagens

Tirar uma foto não é simplesmente pegar uma câmera, olhar para a tela – no caso das mais modernas – e apertar o botão. Fotografia é muito mais que só uma imagem, na maioria das vezes, ela vem acompanhada de uma mensagem. Seja qual for, o fotógrafo tinha em mente algo, quando resolveu capturar aquela imagem.

A origem da palavra fotografia é grega, significa desenhar com a luz ou representar por meio de linhas. Existe todo um conjunto de técnicas que são aplicadas para que se consiga bater uma boa foto. Mas também, não dá para dizer que é só técnica. Há aquilo que conhecemos como feeling. Tem que haver, digamos, um dom, uma sensibilidade aguçada para perceber certas coisas. Tudo influência nesse caso: iluminação, ambiente, clima, modelo, acessórios, maquiagem e até mesmo o fotógrafo.

Para quem se interessa pelo assunto, a Fundação Conrado Wessel, realizou e concedeu o “Prêmio FCW de Arte em 2006”, cuja exposição acontece no Museu Nacional, em Brasília. O prêmio às fotografias foi atribuído ao pioneiro da indústria fotográfica no Brasil, Ubaldo Augusto Conrado Wessel.

Apaixonado por fotografia, Conrado criou a primeira fábrica brasileira de papel fotográfico. Mesmo com a forte influência da concorrência, ele conseguiu conquistar o marcado nacional e formar um patrimônio, que segundo seus desejos foi utilizado como base para criar uma fundação que apoiasse atividades educativas e culturais. Com isso, surgiu também a idéia de valorizar a arte, a ciência e a cultura através de prêmios.

Apesar do desconhecimento de muitas pessoas, a Fundação Conrado Wessel (FCW) teve sua patente cedida à uma empresa norte americana, mediante um acordo entre os sócios que pretendiam criar uma nova fábrica em Santo Amaro. A partir daí, surgiu o nome Kodak – Wessel, que contava com a participação nos lucros da FCW, porém, no ano de 1954 a patente passou a ser definitiva da Kodak.

A exposição de fotografias promovida pela Fundação, conta com obras de renomados fotógrafos, entre eles Tiago Santana, cearense de Crato, é um dos mais brilhantes fotógrafos da nova geração e, desde 1989, desenvolve ensaios sobre o nordeste brasileiro, como em Benditos, um grande livro de sua autoria. Tiago é o tipo de profissional que nos faz levar uma foto mais a sério, olhar cada detalhe e soltar a imaginação, por mais que ele já tenha feito isso ao bater a foto.


O trio composto pelos mineiros João Castilho, Pedro David e Pedro Motta expõem sua obra conhecida como Paisagem Submersa. No caso da fotografia abaixo, a idéia do ensaio foi perguntar às pessoas o que elas levariam consigo na mudança, já que algumas das comunidades foram atingidas pelas usinas hidrelétricas. É incrível como cada detalhe faz a diferença. Na outra, a sensação é de liberdade, movimento, grandeza.

Todas as fotos são de muito bom gosto, afinal não foi a toa que foram premiadas. Vale a pena conferir.

Para maiores informações: procurar o Museu da República, ao lado da Catedral.


- É incontestável que a arte deve conter valor social; como poderoso meio de comunicação que é, deve ser dirigida e em termos compreensíveis à percepção humana. -

Rockwell Kent

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O esporte promove PAZ?


A humanidade busca a paz por meio da política, da religião, dos esportes e até mesmo da guerra. A América, apesar dos conflitos de cunho político, tenta através dos eventos de cunho esportivos estabelecer a harmonia. Nas Olimpíadas de 1932, em Los Angeles, alguns representantes propuseram a criação de uma competição entre todos os países da América. O evento, com intuito de desenvolver o esporte na região, só se concretizou em 1951, em Buenos Aires.

Desde a antiguidade o esporte vem sendo buscado como forma de proporcionar paz e harmonia entre os povos. Os gregos viam nos jogos olímpicos, além da religiosidade, uma maneira de integrar as civilizações. Para o francês Pierre de Fredy, conhecido como Barão de Coubertein, o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade. Na década de 50 foram sediados os primeiros Jogos Pan – Americanos que, foram realizados no Rio de Janeiro esse ano.

Os jogos envolvem a participação de vários países incluindo inúmeras modalidades. E em função da grande visibilidade na mídia, eles são frequentemente alvo de várias manifestações. Os investimentos feitos pelo governo, para receber os atletas e os turistas, é um exemplo. Outro caso são as propagandas em torno do Pan, que se intensificaram a medida que este se aproximava.

A idéia de paz não é utópica uma vez que os esportes estão aí para provar isso. Esse é o momento no qual as guerras, diferenças e conflitos são deixados de lado em nome de um ideal: competir. Os gregos já diziam que o esporte é essencial à manutenção de um corpo saudável e a harmonia entre os povos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

É melhor ter um inimigo inteligente do que um amigo ignorante

Todo mundo já deve ter ouvido esse ditado, mas alguma vez você já parou para pensar e analisá-lo? Uma tarefa importante para qualquer um é saber averiguar um fato dos vários pontos de vista. A partir dessa idéia então, veja quais são os argumentos que o justificam.



Definição...

É melhor ter um inimigo inteligente do que um amigo ignorante. Entende-se por inimigo inteligente aquela pessoa que possua conhecimento suficiente para criar estratégias que coloquem em risco outras pessoas. E, o amigo ignorante, é aquele que não acrescenta nada de significativo.

Comparação...

É melhor ter um inimigo inteligente do que um amigo ignorante. O primeiro, procurará estratégias que promovam prejuízo a alguém, o segundo, apesar de não querer, devido a sua ignorância, poderá tornar-se manipulável e ser usado como uma arma contra seu próprio amigo.

Exemplificação...

É melhor ter um inimigo inteligente do que um amigo ignorante. Basta imaginar um indivíduo que, sabendo da existência de seu oponente e que o mesmo seja astuto, procurará uma maneira de derrotá-lo. Para isso, procurará analisá-lo e descobrir seus pontos fracos, a partir dessas atitudes criará meios para combatê-lo e derrotá-lo, o que promoverá o desenvolvimento de suas habilidades e superação de seus limites. Já, com um amigo ignorante, nada de significativo será possível alcançar, podendo até prejudicá-lo.

Razão...

É melhor ter um inimigo inteligente do que um amigo ignorante. O primeiro, apesar de ser inimigo, instigará sua capacidade de raciocínio, enquanto o segundo, por sua ignorância, poderá prejudicá-lo.

Pesquisa...

É melhor ter um inimigo inteligente do que um amigo ignorante. De acordo com a pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde)*, na última década, 75% dos problemas emocionais foram provocados pela imprudência ou ingenuidade de um amigo que, por sua ignorância, colocou em risco alguma pessoa.

* Dado fictício


Interpretar é contextualizar para tornar a inormação mais explícita.
Rabaça e Barbosa, citados em "Acessoria de imprensa - teoria e prática" (Porto Alegre: Sagra - Luzzatto, 1993)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Professor - Profissional que complementa a educação


Entende-se por anomia, segundo o dicionário Aurélio, a ausência de leis, de normas ou regras de uma organização. Conforme a reportagem da Revista Veja (Edição 1904. 11 de maio de 2005) “Com medo dos alunos” esse conceito tem se disseminado entre os alunos de escolas públicas e particulares. Isso, no entanto, tem assumido tais proporções, que muitos professores estão com medo dos alunos.

Há vários fatores que levam ao estado de anomia. Um deles é a alienação, no qual uma sociedade, por exemplo, baseada na divisão do trabalho, chega a tal ponto que as relações dos órgãos já não mais funcionam; uma autoregulação em situações de desequilíbrio torna-se complicada; não existe mais o sentimento de interdependência; as regras são precárias e indefinidas. Entre outros fatores, pode-se dizer que esse é o estado em que ocorre o rompimento do equilíbrio moral.

A quebra dessa harmonia moral tem sido percebida com muita freqüência dentro do ambiente de ensino, as escolas. Segundo a reportagem publicada, os alunos ignoram a presença de professor porque vêm naquela figura um mero empregado, pago pelos pais. E esses fatos não têm ocorrido simplesmente em escolas públicas, mas pelo contrário, os maiores índices de professores que desenvolvem fobia escolar estão nas escolas particulares.

A questão não é tão simples assim. Ser professor, no país em que vivemos, é complicado. Não é uma profissão valorizada, o salário não é dos melhores e sem contar que professor sofre um enorme desgaste físico e moral quando encontra pela frente alunos desregrados. A escola é um lugar onde as crianças aprendem a conviver em sociedade, com todas as suas regras. Mas educação parte de casa, dos pais.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Pitaya: Fruta do dragão

Seu sabor lembra o do Kiwui, mas na hora de comer o processo é semelhante ao do mamão.

O nome não é muito comum para a maioria das pessoas. Pitaya é uma fruta bastante diferente. Também conhecida como fruta do dragão. É uma fruta deliciosa que chegou ao Brasil, vinda da Ásia e da Austrália, por isso não é tão conhecida. Além disso, o preço é bem salgado, chegando a custar US$ 15 dólares cada fruta, lá fora. Aqui no Brasil a unidade pode ser encontrada em torno de 5 a 7 reais.



Na América são conhecidas 39 espécies diferentes de pitaya, com cores, formas e sabores variados. A mais comum entretanto, é a vermelha com polpa branca. A fruta chega a pesar até 1Kg. Pode ser usada como planta ornamental devido à beleza das flores que desabrocham a noite. Já a fruta em si, possui grande poder dentro do meio gastronômico, podendo ser usada para arranjos diversos nos mais diferentes pratos.







É semelhante ao mamão, na hora de comer. É claro que existem várias maneiras de comer uma fruta, mas geralmente parte-se o mamão ao meio, na vertical, retira-se as sementes e com uma colher come-se a polpa. Com a pitaya não é muito diferente: parte-se a fruta ao meio, já que é esférica não há distinções quanto ao sentido, e com uma colher come-se a polpa. O sabor é delicioso, muito leve, mas levando em conta sua apresentação exuberante, espera-se mais. Com a polpa pode se fazer coquetéis exóticos.

A pitaya é rica em vitamina C e as sementes contribuem para o bom funcionamento do estômago e do intestino. A polpa contém uma substância que atua como calmante. Além de tudo, contêm cálcio, fósforo, ferro e potássio.








quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Imprensa Nacional: 200 anos de História Oficial

A Imprensa Nacional comemora no ano que vem seu bicentenário. Trata-se de um momento histórico e necessário para se refletir sobre a mídia. Com esse objetivo, a Imprensa Nacional criou um ciclo de conferências que conta com a presença de renomados jornalistas e entendidos do meio de comunicação. Com o tema “As perplexidades da mídia tradicional diante dos avanços da mídia digital” o ciclo de conferências A Imprensa discute a Imprensa marca o início da comemoração dessa data.

No dia 13 de maio de 1808 foi criada a Impressão Régia por decreto do príncipe D. João. No decorrer do tempo a imprensa recebeu vários nomes, entre eles Real Oficina Tipographica, Tipographia Nacional e por último, Imprensa Nacional. Foi então, a transferência da Família Real para o Brasil que marcou o início da imprensa brasileira.

Junto a Família Real veio um conjunto de peças que permitiam reproduzir letras impressas. Esse foi o primeiro passo de um longo trajeto. Foram impressos as primeiras leis, alvarás, cartas, orações e o primeiro jornal, Gazeta do Rio de Janeiro, em 10 de setembro de 1808.


Esse momento em que a Imprensa Nacional comemora seus 200 anos é uma rara oportunidade para se refletir a respeito do que vem acontecendo na mídia diante do surgimento de novas tecnologias de informação. A crise pela qual a mídia passa, em conseqüência do webjornalismo, da queda da credibilidade, da convergência digital, da cópia de conteúdos produzidos pela mídia tradicional, a manipulação e além de tudo isso, pode-se acrescentar a questão da qualidade da informação que nos é oferecida, tem que ser levada em conta. É também um momento para conhecer a história da imprensa.


Vale nesse momento de tantas comemorações e reflexões nos questionarmos a respeito de alguns assuntos. A expansão dos meios de comunicação de massa está desviando as energias humanas da participação ativa para as transformar em conhecimento passivo? A imprensa tem garantido, por lei, o direito de liberdade de expressão, mas quem controla essa liberdade? Até que ponto deve-se considerar que um jornalista é livre? É... assunto para discussão é o que não vai faltar!


Se você tem curiosidade e deseja conhecer o Museu da Imprensa, em Brasília, adiquira informações pelos telefones: 3535 – 9618 e 3535 – 7680

Estão abertas as inscrições para o concurso do Museu da Imprensa, de desenho, redação, poesia e monografia, dirigido a estudantes dos ensino fundamental, médio e superior. Participe! Regulamento, no site: www.in.gov.br


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Povos do Brasil



O 2° Encontro Nacional dos Povos das Florestas ocorreu em Brasília, nos dias 18 a 23 de setembro, em um dos espaços do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e atraiu muitos interessados.

Aproveitei a oportunidade para saber mais sobre o evento e seus participantes. Conversei com um zootecnista, especializado em agronegócios e ele me informou que o Encontro é uma tentativa dos povos que vivem em regiões mais afastadas dos centros urbanos de mostrarem sua cultura, artesanato e projetos.

Quem marcou presença no local gostou do que viu. Para entrar bastava fazer uma ficha com dados básicos, como: nome, endereço e telefone. Feito isso, o participante recebia um crachá e uma bolsa com vários panfletos.

Lá dentro havia vários stands, cada qual representando uma região. O acre, por exemplo, montou um stand bastante interativo, com jogos de tabuleiro sobre o dialeto local. Estava presente também uma tribo de índios do sul da Bahia bem característica, vendendo peças artesanais.

O SEBRAE em parceria com a Fundação Bando do Brasil expôs um projeto de agricultura sustentável (PAIS – Produção Agroecológica Integrada Sustentável) que tem sido útil a muitas comunidades (ver figura). Segundo o responsável, as comunidades que vivem em áreas afastadas estão devastando o meio em função de suas atividades de caça, pesca e outras formas para se conseguir alimento. “Esse projeto visa exatamente a não devastação do meio.” Como é possível ver na imagem, é um campo circular. No centro cria-se aves e ao redor planta-se, para consumo próprio e para comércio. Trata-se de um sistema orgânico, pois os dejetos dos animais são reaproveitados em forma de adubo. No local foi montado um circuito, porém em menores proporções. Os interessados tinham acesso a todas as informações.

Alem disso, foram ministradas palestras sobre diversos assuntos, conferências temáticas, houve mostra de cinama e vídeo e plantio de árvoes. Quem passou por lá pôde conhecer um pouco mais a respeito dos “povos das florestas”.


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Evento de moda agita a Capital








Nesta última semana Brasília contou com a terceira edição do Capital Feshion Week. O evento que aos poucos vem traçando seu caminho e fazendo da cidade uma referência no circuito nacional de moda.

O evento que ocorreu nos dias 19 a 23 de setembro teve como proposta introduzir estilistas, marcas e modelos da região, ao lado de nomes importantes no cenário nacional e internacional, além de apresentar novos talentos, pouco conhecidos na cidade.

O CFW aconteceu no Centro de Convenções Ulyssses Guimarães. O espaço abriga duas salas de desfiles e uma variedade de lounges, os quais ofereciam oficinas de customização, teatro, fotografia, postura entre outras. Para entrar não era cobrado nada, apenas era pedido o convite para se dirigir à sala de desfiles.

Era um corre corre pra tudo que é lado. Gente bonita pra todo canto. Modelo ali, modelo aqui. Flashs a todo segundo. Propaganda, famosos, coquetéis, filas e filas, pessoas diferentes, festas. O que não faltava era agitação!

Os convidados conferiram na passarela a desenvoltura de vários famosos entre eles Débora Seco, Bruno Gagliasso, Carlos Casa Grande, Paola Oliveira, Gustavo Leão. A abertura do evento contou com a presença da miss Brasil, Natália Guimarães.

Foram cinco dias de muitos desfiles. As marcas puderam mostrar ao público suas coleções e público se divertiu com o que viu. Muitas utilizaram recursos bastante criativos para chamar a atenção de quem estava presente. Houve apresentação de circo, com direito a acrobacias no tecido e malabares. Outra grife contratou uma equipe de patinadores. O que não faltou foi animação!

Foram cinco dias de trabalho árduo dos seguranças, modelos, ajudantes, faxineiros, estilistas, organizadores. Quem vê o evento pelo outro lado, não imagina o trabalho que é organizar tudo isso.

No dia 23, domingo, encerrou-se o evento, mas os desfiles ocorreram somente até o sábado 22. Segundo informações dos organizadores, o Capital Feshion Week, acontecerá a partir do ano que vem, mais de uma vez ao ano. Enquanto isso o jeito é aguardar!

Para conferir a cobertura completa do Capital Feshion Week: www.cfw.com.br

sábado, 22 de setembro de 2007

21 de setembro: dia da árvore



A importância da árvore nem sempre foi reconhecida devidamente. Com o passar dos tempos esse elemento vem ganhando destaque no cenário ecológico. Ela foi citada por vários cantores, retratada por pintores renomados e na pior das hipóteses, mas a mais freqüente, tem sido usada como matéria-prima para indústrias de móveis. Há, contudo, uma tentativa do homem, hoje, de se redimir da agressão feita às florestas. Mas isto só está acontecendo depois de se notar que a ausência de árvores implica em uma série de conseqüências.

Com machado e serra elétrica em mãos o homem foi derrubando tudo o que encontrava pela frente, as florestas e matas pareciam não ter fim. Um dia, entretanto, a ficha caiu: as chuvas tornaram-se escassas nas áreas desmatadas; o ar estava cada vez mais poluído e a saúde humana e animal viu-se prejudicada. Foi preciso ocorrer tudo isso para que o ser humano tomasse consciência da extensão do seu erro. Não se havia disseminado a idéia de reflorestamento.

A idéia de reflorestamento tem ganhado destaque através da lei protecionista das reservas florestais. É válido, no entanto, lembrar que em segundos uma árvore é derrubada, mas leva-se anos para uma árvore atingir o tamanho adulto. Logo, uma solução cabível seria diminuir o índice de desmatamento e ao adotar a prática do reflorestamento, plantar mais de uma árvore.

As árvores, além de contribuírem para a diversidade da flora nacional, impedem o excesso de evaporação das águas dos rios e mares, exercendo influência sobre o clima; são usadas como matéria-prima para indústria no fornecimento de celulose e fabricação de combustíveis; como abrigo da fauna terrestre e como fornecedores de oxigênio, essencial à vida.

O dia 21 de setembro foi dedicado à comemoração desse símbolo nacional, na esperança de que seja cada vez maior a consciência dos brasileiros para com sua preservação.

Tudo bem que hoje não é dia 21, mas o que vale nesse caso é a intenção!

domingo, 16 de setembro de 2007

“O Velho Chico”




Quando você acha que já viu de tudo, aparece sempre uma novidade, um fato inusitado ou uma coisa engraçada. No início do ano, para ser mais precisa, em fevereiro, fui passar uns dias no interior de Minas. O clima não era dos melhores, pois as chuvas não paravam e mesmo assim o calor era intenso. Nesse período o rio São Francisco que passa pelo norte do estado, estava simplesmente cheio. Não aquele cheio ideal para nadar e pescar, mas cheio o suficiente para alagar as casas da cidade, aumentar os casos de dengue, chamar atenção das autoridades e dos noticiários nacionais. O inusitado, entretanto foi que, viajei no final de agosto para o mesmo local e ao me deparar com o Rio, não acreditei no que vi: quase não havia água. O mesmo Rio que antes ameaçava e cidade agora estava simplesmente seco. O que me chamou atenção foi o barranco que se formou. Presenciei os extremos, hoje, nesse trecho, só é possível nadar atravessando de uma margem para outra. E o risco de acidentes é grande.



Aprofundando...

O rio São Francisco, também é chamado de Opará, que significa algo como “rio-mar”, nome dado pelos indígenas antes da colonização, ou popularmente de Velho Chico. Trata-se um rio brasileiro que nasce na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais, a aproximadamente 1200 metros de altitude, deságua no Oceano Atlântico e banha cinco estados do Brasil.

Possui enorme importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa. É o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas que compreende o Vale do São Franscisco, onde algumas cidades começaram a crescer e progredir, como Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia) devido a agricultura irrigada. Essa região atualmente é a maior produtora de frutas tropicais do país.

O folclore, também assume um papel importante, o Rio é citado em várias canções e há muitas lendas como Iara, Negro D'água e em torno das carrancas que até hoje persistem.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Você conhece o seu país? Ou melhor, você conhece o Brasil?

País de várias culturas, de vários dialetos e de muitos ritmos. A nação do povo acolhedor, dos “causos” mineiros, dos sotaques baiano, carioca, paulista; da floresta Amazônica, do frio do Sul, das praias do Nordeste. O nosso país, do povo brasileiro, o branco, o negro, o índio, o mestiço e os agregados que aqui se instalam. Sem falar no enorme repertório de músicas, de compositores, artistas, dançarinos e tantos outros profissionais que dão duro para conseguir viver dignamente. E as histórias, as lendas e os folclores? São os mais variados. Não se pode esquecer de citar as delícias e os quitutes de cada região, a variedade é tanta que sempre há algo a se aprender. É de maneira bem simples e informativa que este blog pretende fazer isso, mostrando um pouquinho de tudo!

“Quem tem imaginação, mas não tem cultura, possui asas, mas não tem pés”.
Joseph Joubert