A origem da palavra fotografia é grega, significa desenhar com a luz ou representar por meio de linhas. Existe todo um conjunto de técnicas que são aplicadas para que se consiga bater uma boa foto. Mas também, não dá para dizer que é só técnica. Há aquilo que conhecemos como feeling. Tem que haver, digamos, um dom, uma sensibilidade aguçada para perceber certas coisas. Tudo influência nesse caso: iluminação, ambiente, clima, modelo, acessórios, maquiagem e até mesmo o fotógrafo.
Para quem se interessa pelo assunto, a Fundação Conrado Wessel, realizou e concedeu o “Prêmio FCW de Arte em 2006”, cuja exposição acontece no Museu Nacional, em Brasília. O prêmio às fotografias foi atribuído ao pioneiro da indústria fotográfica no Brasil, Ubaldo Augusto Conrado Wessel.
Apaixonado por fotografia, Conrado criou a primeira fábrica brasileira de papel fotográfico. Mesmo com a forte influência da concorrência, ele conseguiu conquistar o marcado nacional e formar um patrimônio, que segundo seus desejos foi utilizado como base para criar uma fundação que apoiasse atividades educativas e culturais. Com isso, surgiu também a idéia de valorizar a arte, a ciência e a cultura através de prêmios.
Apesar do desconhecimento de muitas pessoas, a Fundação Conrado Wessel (FCW) teve sua patente cedida à uma empresa norte americana, mediante um acordo entre os sócios que pretendiam criar uma nova fábrica em Santo Amaro. A partir daí, surgiu o nome Kodak – Wessel, que contava com a participação nos lucros da FCW, porém, no ano de 1954 a patente passou a ser definitiva da Kodak.
A exposição de fotografias promovida pela Fundação, conta com obras de renomados fotógrafos, entre eles Tiago Santana, cearense de Crato, é um dos mais brilhantes fotógrafos da nova geração e, desde 1989, desenvolve ensaios sobre o nordeste brasileiro, como em Benditos, um grande livro de sua autoria. Tiago é o tipo de profissional que nos faz levar uma foto mais a sério, olhar cada detalhe e soltar a imaginação, por mais que ele já tenha feito isso ao bater a foto.
O trio composto pelos mineiros João Castilho, Pedro David e Pedro Motta expõem sua obra conhecida como Paisagem Submersa. No caso da fotografia abaixo, a idéia do ensaio foi perguntar às pessoas o que elas levariam consigo na mudança, já que algumas das comunidades foram atingidas pelas usinas hidrelétricas. É incrível como cada detalhe faz a diferença. Na outra, a sensação é de liberdade, movimento, grandeza.
Todas as fotos são de muito bom gosto, afinal não foi a toa que foram premiadas. Vale a pena conferir.
Para maiores informações: procurar o Museu da República, ao lado da Catedral.
- É incontestável que a arte deve conter valor social; como poderoso meio de comunicação que é, deve ser dirigida e em termos compreensíveis à percepção humana. -
Rockwell Kent
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