domingo, 16 de setembro de 2007

“O Velho Chico”




Quando você acha que já viu de tudo, aparece sempre uma novidade, um fato inusitado ou uma coisa engraçada. No início do ano, para ser mais precisa, em fevereiro, fui passar uns dias no interior de Minas. O clima não era dos melhores, pois as chuvas não paravam e mesmo assim o calor era intenso. Nesse período o rio São Francisco que passa pelo norte do estado, estava simplesmente cheio. Não aquele cheio ideal para nadar e pescar, mas cheio o suficiente para alagar as casas da cidade, aumentar os casos de dengue, chamar atenção das autoridades e dos noticiários nacionais. O inusitado, entretanto foi que, viajei no final de agosto para o mesmo local e ao me deparar com o Rio, não acreditei no que vi: quase não havia água. O mesmo Rio que antes ameaçava e cidade agora estava simplesmente seco. O que me chamou atenção foi o barranco que se formou. Presenciei os extremos, hoje, nesse trecho, só é possível nadar atravessando de uma margem para outra. E o risco de acidentes é grande.



Aprofundando...

O rio São Francisco, também é chamado de Opará, que significa algo como “rio-mar”, nome dado pelos indígenas antes da colonização, ou popularmente de Velho Chico. Trata-se um rio brasileiro que nasce na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais, a aproximadamente 1200 metros de altitude, deságua no Oceano Atlântico e banha cinco estados do Brasil.

Possui enorme importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa. É o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas que compreende o Vale do São Franscisco, onde algumas cidades começaram a crescer e progredir, como Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia) devido a agricultura irrigada. Essa região atualmente é a maior produtora de frutas tropicais do país.

O folclore, também assume um papel importante, o Rio é citado em várias canções e há muitas lendas como Iara, Negro D'água e em torno das carrancas que até hoje persistem.

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