Aproveitei a oportunidade para saber mais sobre o evento e seus participantes. Conversei com um zootecnista, especializado em agronegócios e ele me informou que o Encontro é uma tentativa dos povos que vivem em regiões mais afastadas dos centros urbanos de mostrarem sua cultura, artesanato e projetos.
Quem marcou presença no local gostou do que viu. Para entrar bastava fazer uma ficha com dados básicos, como: nome, endereço e telefone. Feito isso, o participante recebia um crachá e uma bolsa com vários panfletos.
Lá dentro havia vários stands, cada qual representando uma região. O acre, por exemplo, montou um stand bastante interativo, com jogos de tabuleiro sobre o dialeto local. Estava presente também uma tribo de índios do sul da Bahia bem característica, vendendo peças artesanais.
O SEBRAE em parceria com a Fundação Bando do Brasil expôs um projeto de agricultura sustentável (PAIS – Produção Agroecológica Integrada Sustentável) que tem sido útil a muitas comunidades (ver figura). Segundo o responsável, as comunidades que vivem em áreas afastadas estão devastando o meio em função de suas atividades de caça, pesca e outras formas para se conseguir alimento. “Esse projeto visa exatamente a não devastação do meio.” Como é possível ver na imagem, é um campo circular. No centro cria-se aves e ao redor planta-se, para consumo próprio e para comércio. Trata-se de um sistema orgânico, pois os dejetos dos animais são reaproveitados em forma de adubo. No local foi montado um circuito, porém em menores proporções. Os interessados tinham acesso a todas as informações.
Alem disso, foram ministradas palestras sobre diversos assuntos, conferências temáticas, houve mostra de cinama e vídeo e plantio de árvoes. Quem passou por lá pôde conhecer um pouco mais a respeito dos “povos das florestas”.